Na sua conta de Twitter (X), o organismo das Nações Unidas destacou a elevada destruição das infra-estruturas escolares na Faixa de Gaza como consequência dos 15 meses de agressão israelita.
«A educação é uma tábua de salvação para a estabilidade e um futuro para todas as crianças em Gaza», afirmou a Unrwa, mas sublinhando que, devido à elevada destruição no sector, «os desafios são imensos».
Numa publicação relacionada com o Dia Internacional da Educação, que esta sexta-feira se assinalou, o organismo destacou que 660 mil crianças e adolescentes no enclave costeiro continuam sem ir às aulas devido às consequências da guerra de agressão.
Há estimativas que apontam para 14 500 crianças mortas pela ofensiva israelita, referiu Unrwa na rede social, destacando também o esforço que está a realizar para proporcionar actividades educativas, recreativas e ao nível da saúde mental.
Juliette Touma, directora de comunicação da Unrwa, disse que os funcionários da agência estão a trabalhar 24 horas por dia nesse sentido, para prestar a ajuda humanitária indispensável aos refugiados palestinianos.
«Embora o cessar-fogo no território que começou no domingo […] represente um raio de esperança, enfrentamos obstáculos importantes, particularmente uma lei aprovada no Parlamento israelita para travar o nosso trabalho nos territórios palestinianos», alertou.
Elevado custo para o sector da Educação
Também o Ministério da Educação em Gaza destacou o «impacto devastador» da guerra israelita para os alunos e as instituições educativas no território.
De acordo com a tutela, mais de 15 mil crianças em idade escolar foram mortas ou desapareceram durante a ofensiva, revela a PressTV, acrescentando que 95% das escolas e outras infra-estruturas do sector foram atingidas e 85% foram destruídas ou ficaram parcialmente fora de serviço.
A mesma fronte estima que as perdas provocadas ao sector da Educação na Faixa de Gaza pelos ataques israelitas sejam superiores a três mil milhões de dólares.
Quase dois milhões sem casa
Igualmente no Twitter (X), a Unrwa alertou, esta sexta-feira, que 1,9 milhões de pessoas foram deslocadas devido à guerra e estão actualmente sem casa.
«Muitos foram obrigados a viver em abrigos improvisados, como os da zona de al-Mawasi, no Sudoeste de Gaza», afirmou a agência da ONU, frisando que «a maior parte das casas ou foram completamente destruídas ou são inabitáveis».
A Unrwa alertou ainda que a reconstrução subsequente à ofensiva de 15 meses por parte das forças de ocupação deve demorar anos. Primeiro é necessário remover as toneladas de entulho e escombros, algo que, segundo as autoridades palestinianas, pode tardar entre três e cinco anos.
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