Segundo uma nota do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Algarve, o anúncio surgiu depois de os trabalhadores, por intermédio do sindicato, terem enviado à Administração dos Apartamentos Albufeira Jardim um abaixo-assinado a demonstrar «profundo descontentamento por os salários não serem actualizados há cerca de 11 anos», o que, segundo é exposto, causou uma grande diminuição do poder de compra dos trabalhadores, «bem como uma brutal degradação das condições de trabalho». Tal deve-se especialmente à grande redução do número de trabalhadores, que tem como consequência uma grande sobrecarga de trabalho e horários cada vez mais desregulados.
O sindicato afirma que o Grupo Bernardino Gomes tem registado um grande crescimento ao longo dos anos e sublinha o papel dos trabalhadores para a riqueza acumulada pelo Grupo, afirmando que o que têm em troca é «a exploração e o empobrecimento e a ameaça de um despedimento colectivo».
A estrutura sindical apela «à unidade e à luta dos trabalhadores pela defesa dos postos de trabalho e pela melhoria dos salários e das condições de trabalho», e compromete-se a acompanhar de perto o evoluir da situação e a tomar todas as medidas que forem necessárias «para que os direitos dos trabalhadores sejam respeitados».
Despedimentos num contexto de crescimento no sector do turismo
Nos últimos tempos, várias notícias trouxeram a público os números do crescimento do turismo. Há dois dias, o Diário de Notícias avançou que o sector representou 6,4% do produto interno bruto em 2015, gerando receitas de 11,4 mil milhões de euros, e que para 2016 a previsão é de 12,4 mil milhões de euros de receita. O turismo é ainda responsável por 15,3% das exportações portuguesas.
Em declarações ao mesmo jornal, Ana Mendes Godinho, secretária de Estado do Turismo, revela que, «neste ano, o turismo está a bater recordes em termos de criação de riqueza, do número de turistas e está a bater recordes na criação de emprego».
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