Após Erdogan ter proibido, na passada sexta-feira, a actividade da ÇHD por um período de três meses, e de a sede dos advogados progressistas ter sido ilegalizada e tomada pela Polícia de choque, a associação afirma em comunicado que os seus membros não foram apanhados desprevenidos e que só esperavam o dia em que isto acontecesse.
Mas a ideia principal do documento é a de que vão continuar a lutar. «Sem dúvida resistiremos ao fascismo hoje e amanhã, tal como o fizemos ontem (sexta-feira, 11)», admitem.
Declaram que criaram a associação ÇHD livremente e que nenhum poder externo pode decidir sobre o fim da sua actividade.
Da mesma forma, realçam que «ninguém pode alterar o facto de a ÇHD ser a associação dos oprimidos, explorados e marginalizados, mas também daqueles que resistem à exploração e à crueldade».
Sobre o sistema jurídico turco, os advogados progressistas admitem que já se encontrava fragilizado mas que colapsou desde a declaração do estado de emergência, à qual não reconhecem validade.
Ao poder dominante deixam um aviso: «Vamos continuar a resistir, tal como fizemos quando saquearam os nossos escritórios.» Àqueles que lutam contra a «escuridão do fascismo», avisam que «a porta da ÇHD está aberta».
O ataque de sexta-feira coincidiu com a conferência que celebrou o 50.º aniversário dos pactos das Nações Unidas sobre os direitos humanos, realizada em Lisboa pela Associação Portuguesa de Juristas Democratas e pela Associação Internacional de Juristas Democratas, na qual participou o presidente da ÇHD, Selçuk Kozagaçli.
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