No documento relativo às sansões

Direita procura branquear as suas políticas

Foram aprovados dois documentos contra as sansões de Bruxelas. Não houve consenso quando PSD e CDS quiseram acrescentar o contributo «positivo» do anterior Governo.

Parlamento discutiu hoje as sansões da União Europeia
Créditos

O Parlamento aprovou hoje dois votos de condenação à aplicação de sanções europeias a Portugal.

Um apresentado por PS, BE, PCP, PEV e PAN, aprovado com os votos favoráveis destes partidos e a abstenção do PSD e do CDS-PP.

O outro voto, da autoria do PSD e do CDS-PP, contou também com os votos favoráveis do PS e do PAN, mas registou os votos contra do PCP, BE e PEV.

A falta de consenso para um documento único, resultou do facto de o PSD e CDS procurarem valorizar a sua acção governativa ao incluirem no texto uma frase que sublinhava os «esforços e resultados da consolidação nominal e estrutural alcançados pelo país», numa tentativa de branqueamento das políticas desenvolvidas pela anterior maioria. Uma política sustentada em brutais cortes nos salários e rendimentos, nas pensões e reformas, no aumento da emigração, no desemprego e na dívida e que, em muitos casos, levou já à reversão de algumas dessas medidas pelo actual Governo e os partidos assinantes das posições conjuntas.

Alvo de debate foi  também a ideia de que o problema não é só saber se Portugal deve ou não ser objecto de sanções, mas também saber se deve, enquanto país soberano, submeter-se a imposições e pressões que procuram condicionar o rumo do País.

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