«Penalva do Castelo deve regressar ao Tribunal de Mangualde»

Após publicação em Diário da República do Decreto-Lei n.º 86/2016, de 27 de Dezembro, que mantém o concelho de Penalva do Castelo no Tribunal de Sátão, a freguesia de Real prossegue a luta pelo regresso a Mangualde.

Tribunal de Mangualde
Créditos / Pensar Mangualde

Foi após a reorganização do mapa judiciário, em 2013, que o concelho de Penalva do Castelo transitou do Tribunal de Mangualde para a alçada do Tribunal de Sátão. A alteração mereceu o desacordo da população da freguesia de Real e restante concelho, que depositava esperança na publicação do Decreto-Lei de 27 de Dezembro, diploma que altera parte da organização imposta à revelia das populações e dos órgãos municipais.

A Junta de Freguesia de Real esperava que o presente acto legislativo estipulasse o regresso ao Tribunal de Comarca, «tendo em conta a vontade expressa das pessoas do nosso concelho através de abaixo-assinado, as deliberações dos órgãos municipais e da nossa freguesia, mas também a bandeira deste Governo de aproximar a Justiça».

Porém, a alteração não sucedeu e, no passado dia 29 de Dezembro, a Junta e a Assembleia de Freguesia aprovaram por unanimidade uma moção onde se exige a transição do concelho de Penalva do Castelo para a alçada do Tribunal de Mangualde, ora Juízo de Competência Genérica de Mangualde.

No texto refere-se que as populações «foram fortemente penalizadas com a transição para o Tribunal do Sátão, que, além de não ter condições dignas de um tribunal e prestação de um serviço público, não dispõe de serviço público de transporte regular e situa-se mais distante que o Tribunal de Mangualde».

Simultaneamente denunciam as expectativas geradas com a apresentação do Plano de Acção Justiça Mais Próxima, bem como por iniciativas dinamizadas pela delegação de Mangualde da Ordem dos Advogados, pelas câmaras municipais de Mangualde e Penalva do Castelo e pelos Serviços do Ministério da Justiça para a realização de obras no Tribunal de Mangualde para aumento da sua capacidade, obras que seriam comparticipadas pelas duas câmaras municipais.

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