De acordo com a agência noticiosa turca Dogan, há cinco crianças entre os refugiados que hoje faleceram no mar Egeu, ao largo da costa da Turquia, depois de o barco em que seguiam se ter virado.
Citada pela PressTV, a agência refere que sete pessoas foram salvas e que a Guarda Costeira turca procede a operações de busca. Duas pessoas, acusadas de terem organizado a viagem com destino à Grécia, foram detidas pela Polícia turca.
Este acidente é o mais grave ocorrido no Egeu em 2017, onde se tinham registado até ao momento duas mortes, de acordo com os dados hoje divulgados pela Organização Internacional para as Migrações (OIM). No mar Mediterrâneo, a OIM registou, nestes três primeiros meses do ano, 559 mortes e desaparecimentos de refugiados e migrantes.
O incidente de hoje dá-se quase um ano depois de a União Europeia ter assinado um acordo com a Turquia com vista a travar o fluxo de refugiados e migrantes que rumavam à Europa. Em troca, aceitou pagar 6,8 mil milhões de euros à Turquia e o fluxo de refugiados, sobretudo via mar Egeu, foi, de facto, reduzido.
O polémico acordo celebrado com a Turquia, que contempla outras concessões da UE, enquadra-se no endurecimento progressivo das respostas europeias à «crise» dos refugiados, que vão do maior controlo nas fronteiras ao isolamento, à detenção e ao saque dos refugiados em solo europeu.
As ingerências do imperialismo, as guerras de agressão da NATO e o apoio dos países ocidentais a grupos ditos «rebeldes» e ditos «terroristas» que operam no Médio Oriente são factores que estão na origem do incremento da violência e da desestabilização em várias regiões do planeta, levando a que as populações fujam e procurem refúgio na Europa.
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