Nesta acção, promovida pela Comissão de Utentes do Serviço Nacional de Saúde de Portimão, foi aprovada uma moção onde os utentes expuseram as suas principais reivindicações e que será entregue a várias entidades.
A comissão lembra que «a fusão dos hospitais [de Faro, Portimão e Lagos] apenas constituiu uma opção economicista», que se revelou «desastrosa». Acrescenta que, paralelamente à transferência de cada vez mais serviços de prestação de cuidados de saúde para os privados, aumenta a degradação do sistema público de saúde, «com infraestruturas deficientes, desvalorização dos profissionais de saúde, racionamento de materiais, encerramento de serviços de proximidade, e agravamento do acesso aos cuidados de saúde».
A moção sublinha ainda que, com a entrada do verão, «o conjunto de problemas estruturais que se verificam no Hospital de Portimão, bem como na rede de cuidados primários de saúde em toda a zona do Barlavento Algarvio, tende a agravar-se» – à falta de resposta nas urgências, nas consultas de várias especialidades, nas cirurgias, junta-se a pressão decorrente «dos milhares de turistas que visitam o Algarve durante este período».
O utentes reconhecem «alguns esforços no sentido da contratação de médicos, enfermeiros e auxiliares, por parte do actual Governo», mas no entanto, consideram as medidas insuficientes, e , por outro lado, apontam que prossegue «uma política de favorecimento dos grupos privados de saúde, que só sobrevivem à custa dos recursos públicos que são desviados do Serviço Naional de Saúde».
A Comissão de Utentes do Serviço Nacional de Saúde exige «a contratação de mais médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares»; «a reposição das valências retiradas pelo anterior governo»; «o reforço dos meios para responder ao período de verão»; e «o fim do favorecimento dos grupos privados de saúde por parte do erário público».
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