Os valores constam do relatório divulgado esta manhã às autarquias de Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos, Castanheira de Pera, Penela, Sertã, Pampilhosa da Serra, Ansião, Alvaiázere e Góis, elaborado pela CDDR do Centro.
O ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, avançou ainda que serão disponibilizados 303 milhões de euros para medidas de prevenção e de relançamento da economia, na apresentação do relatório, esta manhã, em Figueiró dos Vinhos.
Os incêndios florestais provocaram danos em 481 habitações, 169 das quais correspondem a primeira habitação. Durante os dias em que os fogos se mantiveram activos, arderam 46 mil hectares, a quase totalidade correspondente a floresta, matos e pastagem.
Pedro Marques assegurou que o Estado irá responder a todas as situações que não estejam cobertas por seguro. Os danos em habitações estão estimados em 27,6 milhões de euros. Para suprir os danos em maquinaria e equipamento privado, e perda de material lenhoso, assim como para medidas de estabilização de emergência, o valor apontado pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas é de 84 milhões de euros, de acordo com o Público.
Em quatro dos nove concelhos atingidos (Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos, Castanheira de Pera e Góis), há 374 trabalhadores com os postos de trabalho afectados, em 49 empresas. De acordo com o diário, 51 trabalhadores terão ficado desempregados em consequência dos danos. Os prejuízos nestas empresas foram calculados em 27,5 milhões de euros, a que se somam 19,43 milhões na agricultura e 3,6 milhões no turismo.
O custo da reconstrução de infraestruturas e equipamentos municipais é estimado em 21,7 milhões de euros e na rede viária nacional em 2,5 milhões.
O Executivo pretende libertar verbas do Orçamento do Estado para responder à reconstrução das casas que servem como primeira habitação, criando linhas de crédito para os restantes casos. Para a floresta e a agricultura, serão mobilizados fundos do Programa Operacional do Centro, com recurso a verbas da União Europeia.
Os 303 milhões para medidas de prevenção e relançamento da economia também devem contar com comparticipação de fundos comunitários, nomeadamente no âmbito do Portugal 2020.
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui