«Mais do que a entrada ou saída de pessoas no Governo, para nós [CGTP-IN], o que importa são as políticas que devem ser desenvolvidas. O que nós assistimos é que na área laboral, nos últimos tempos, tem havido uma estagnação e uma falta de capacidade, intervenção e vontade política do Governo em responder a um conjunto de reivindicações e propostas”, disse à agência Lusa Arménio Carlos.
O secretário-geral da CGTP-IN destacou a revogação da norma da caducidade para a contratação colectiva, uma maior celeridade da resolução do problema na precariedade na administração pública e o agendamento que ainda não foi feito desta discussão no setor privado pela via da concertação.
«Assim, relativamente às demissões, a Intersindical não tem nada a acrescentar a não ser que vamos aguardar o desenrolar do processo e ver se as pessoas são implicadas ou não», disse.
Arménio Carlos disse ainda que a CGTP-IN quer que o Governo tenha outra forma de estar na preparação do Orçamento do Estado para 2018.
«Até agora não vimos sinais de grande abertura por parte do Governo relativamente à problemática dos salários, do congelamento de carreiras e do reforço das verbas para os serviços públicos», disse.
Segundo Arménio Carlos, não basta dizer que se muda, é preciso provar que a mudança está a efetivar-se.
Os secretários de Estado da Internacionalização, dos Assuntos Fiscais e da Indústria anunciaram no domingo que pediram a sua exoneração de funções ao primeiro-ministro e solicitaram ao Ministério Público a sua constituição como arguidos no inquérito relativo às viagens para assistir a jogos do Euro2016.
O primeiro-ministro aceitou os pedidos dos secretários de Estado da Internacionalização, Jorge Costa Oliveira, dos Assuntos Fiscais, Fernando Rocha Andrade, e da Indústria, João Vasconcelos, «apesar de não ter sido deduzida pelo Ministério Público qualquer acusação».
A decisão foi justificada com a intenção de não prejudicar o Governo.
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