A taxa de desemprego em sentido restrito caiu para os 8,8% da população activa no segundo trimestre de 2017, ao mesmo tempo que a taxa de desemprego em sentido real, que inclui, para além dos desempregados em sentido restrito, os inactivos disponíveis para trabalhar, os inactivos desencorajados e o subemprego visível, também caiu, neste caso para os 16,6%.
Apesar de se verificar uma queda contínua no desemprego do País desde a primeira metade de 2016, ele atinge ainda hoje, em termos reais, um nível significativamente elevado, já que pelo menos 903 300 portugueses se encontram numa situação de desemprego ou de emprego a tempo parcial.
Se as boas notícias retiradas destes dados se referem, por um lado, à continuação da redução do desemprego e, por outro, ao aumento considerável do emprego criado, as más notícias dizem respeito ao elevado nível a que permanece a taxa de desemprego real – perto de 1 milhão de portugueses continuam fora do mercado de trabalho ou a trabalhar parcialmente –, ao aumento do trabalho precário, com cerca de 28,4% nessa situação, e à elevada percentagem de trabalhadores com um salário líquido mensal inferior a 600 euros – perto de 30% do total dos trabalhadores por conta de outrem.
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