O México é apontado como o segundo país mais violento do mundo, onde os assassinatos de jornalistas são frequentes, onde se registaram mais de 30 mil desaparecimentos forçados nos últimos anos, onde as execuções relacionadas com o narcotráfico e as valas comuns clandestinas encontradas se integram na realidade.
Na sua edição de 4 de Setembro, o semanário ZETA revela que, de 1 de Dezembro de 2012 – quando Peña tomou posse – a 31 de Julho de 2017, foram cometidos 104 602 homicídios dolosos.
«Um de cada quatro homicídios no México registados nos últimos 27 anos foram cometidos na administração do presidente da República, Enrique Peña Nieto. Os seus números sangrentos ultrapassam, inclusive, os do seu antecessor, Felipe Calderón Hinojosa, que declarou a "guerra" ao narcotráfico, despertando milhares de sicários às ordens dos grupos criminosos no país», lê-se na peça do semanário, intitulada «104 602 executados com Peña Nieto».
De acordo com o ZETA, o quinto ano da governação de Peña Nieto vai ser o pior em termos de «execuções», na sequência da atomização do Cartel de Sinaloa – após a extradição El Chapo Guzmán – e da expansão do Cartel Jalisco Nueva Generación. Nos primeiros sete meses de 2017, registaram-se 16 152 mortes violentas.
«O número, já por si arrepiante», ganha maior dimensão quando comparado com o número de homicídios registados no primeiro ano (2007) em que Calderón abriu fogo aos cartéis das drogas: 8867. Ou seja, entre Janeiro e Julho deste ano, o número de execuções é quase o dobro das então registadas.
Os assassinatos durante a era peñanietista representam 25% dos homicídios registados entre 1990 e 2016: 427 698, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística e Geografia (Inegi).
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