Milhares de pessoas reuniram-se junto à sede da Cantv, principal empresa de telecomunicações da Venezuela, localizada na Avenida Libertador, de onde partiram em manifestação com destino ao Palácio de Miraflores, em Caracas, para reafirmar o seu apoio ao governo bolivariano e a defesa da soberania nacional face aos ataques do imperialismo.
Olga Espinoza, líder comunitária da freguesia La Pastora, disse à ANV que, «desde a chegada da Revolução Bolivariana, em 1999, se manifesta a favor da paz e contra as ingerências do imperialismo nos assuntos internos do país».
Já a pensionista Yoryelin Castillo afirmou que «a maioria do povo tem noção de que um retrocesso seria fatal para a nação» e que «não se pode permitir o regresso ao poder» daqueles que, entre 1958 e 1998, «mergulharam a Venezuela no abismo da miséria».
Por seu lado, Adela Ochoa, empregada doméstica, deixou claro o seu posicionamento anti-imperialista com um veemente «Não voltarão», tendo criticado ainda o bloqueio financeiro imposto ao país pelos Estados Unidos.
A marcha marcou o encerramento do encontro «Todos Somos Venezuela: diálogo mundial pela paz, a soberania e a democracia bolivariana», que decorreu em Caracas entre 16 e 19 de Setembro, com a participação de cerca de 200 delegações de países dos cinco continentes.
Maduro apela à continuidade da luta contra o imperialismo
No final da mobilização, no Palácio de Miraflores, sede do governo venezuelano, o presidente da República afirmou que «a Venezuela não se rende, vai continuar a lutar […] e continuar de pé».
Tendo em conta as declarações proferidas pelo seu homólogo norte-americano, Donald Trump, durante a intervenção na Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque – que reafirmaram a linha intervencionista já conhecida no que respeita à Venezuela –, Nicolás Maduro disse que «o magnata (Donald Trump) se julga dono do mundo, mas que ninguém ameaça a Venezuela e ninguém é dono da Venezuela; apenas o povo soberano desta pátria histórica».
Além da Venezuela, também Cuba, o Irão e a Coreia do Norte – país que Trump ameaçou «destruir totalmente» – foram alvo de críticas ou ameaças directas. A este propósito, Maduro sublinhou: «Não aceitamos relações de subordinação, de submissão, não aceitamos ser escravos de ninguém; não nos importa o poder que o império norte-americano tenha», informa a AVN.
Solidariedade com outros povos
Para o chefe de Estado venezuelano, a solidariedade como instrumento de integração norteia o país. Exemplo disso é o apoio da Venezuela ao povo de Dominica, ilha das Caraíbas que foi atingida pelo furacão Maria e para a qual foram enviados 40 especialistas venezuelanos e 18 toneladas de bens de primeira necessidade.
Maduro disse ainda que o seu país está disponível para ajudar o povo do México, onde se registou um sismo de magnitude 7,1 na escala de Richter.
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