Foi em 1969 que um barco ao serviço da Siderurgia Nacional destruiu um dos pilares da ponte ferroviária que existiu sobre o rio Coina, e que desde 1923 ligava o Seixal ao Barreiro.
Desde então, a ligação que existia entre as duas populações perdeu-se. Joaquim Santos recorda que «as duas populações eram muito próximas. Durante muitos anos, as pessoas vinham trabalhar para o Seixal, iam estudar ao Barreiro, havia uma grande ligação, que se perdeu há quase 50 anos».
Desde então, também, os dois municípios que distam entre si 300 metros por água, ficaram separados em cerca de 16 quilómetros por estrada.
A par da questão afectiva, a nova ponte é um dos exemplos da aposta destes municípios no âmbito das chamadas políticas de transportes suaves, materializada em ligações pedonais e cicláveis nos próprios concelhos, e intra-concelhos.
Com um orçamento estimado de quatro milhões de euros, a repartir pelos dois municípios, os projectos da ligação exclusivamente dedicada a peões e com uma ciclovia, unindo as redes de percursos pedonais do Seixal e do Barreiro, estão em fase de conclusão.
Joaquim Santos explica ainda que está prevista uma parte basculante para os barcos passarem e que na reunião agendada para a próxima semana com a Admnistração do Porto de Lisboa (APL) será fechada a questão dos metros que será necessário prever para o efeito. «Estamos numa fase crucial do projecto, que será esta definição, para depois podermos passar às especialidades, lançar o concurso e depois então avançar para a obra», descreve
A ponte, com cerca de 300 metros, está incluída num total de extensão de obra de 800 metros. No Seixal, conclui o presidente, «vamos fazer uma intervenção de requalificação de mais de um quilómetro».
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