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António Saraiva diz que OE2018 cria expectativas às famílias mas decepção às empresas

Patrões querem salário mínimo abaixo dos 600 euros

Numa entrevista à Antena1 e ao Jornal de Negócios, este domingo, o presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), António Saraiva, voltou a recusar a subida do salário mínimo nacional para 600 euros.

António Saraiva, presidente da Confederação Empresarial de Portugal
CréditosMiguel A. Lopes / Agência Lusa

Numa afirmação incongruente, António Saraiva admite que o Orçamento do Estado para 2018 (OE2018) «cria expectativas às famílias mas decepção às empresas», reclamando para estas mais apoios directos e indirectos.

Ao mesmo tempo, demonstrou preocupação com a subida da derrama estadual para as empresas com lucros acima dos 35 milhões de euros, apesar de reconhecer que essa medida se dirige apenas a 76 grandes empresas.  

A propósito da «argumentação» acerca da subida do salário mínimo nacional para os 600 euros, o líder da CIP ilude a necessidade de valorizar o rendimento de milhares de famílias com «uma luta partidária do PCP com o BE».  

O porta-voz dos patrões insiste que o País não está em condições de suportar um aumento «dessa dimensão» – passar dos actuais 557 euros para 600, em 2018. Porém, as visões catastrofistas, segundo as quais o aumento do salário mínimo levaria à contracção do emprego e ao aumento do desemprego, têm vindo a ser negadas pela realidade.

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