Numa afirmação incongruente, António Saraiva admite que o Orçamento do Estado para 2018 (OE2018) «cria expectativas às famílias mas decepção às empresas», reclamando para estas mais apoios directos e indirectos.
Ao mesmo tempo, demonstrou preocupação com a subida da derrama estadual para as empresas com lucros acima dos 35 milhões de euros, apesar de reconhecer que essa medida se dirige apenas a 76 grandes empresas.
A propósito da «argumentação» acerca da subida do salário mínimo nacional para os 600 euros, o líder da CIP ilude a necessidade de valorizar o rendimento de milhares de famílias com «uma luta partidária do PCP com o BE».
O porta-voz dos patrões insiste que o País não está em condições de suportar um aumento «dessa dimensão» – passar dos actuais 557 euros para 600, em 2018. Porém, as visões catastrofistas, segundo as quais o aumento do salário mínimo levaria à contracção do emprego e ao aumento do desemprego, têm vindo a ser negadas pela realidade.
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