Escritores, cientistas, comunicadores e editores ligados à Rede que se juntaram em Havana nos últimos dias, com o propósito de ali participar na 27.ª Feira Internacional do Livro, fizeram questão de se reunir, «convencidos da necessidade de propor acções em resposta à ofensiva reaccionária, de carácter neofascista» e que «ganhou força no continente e noutras partes do mundo», informam a Prensa Latina e o portal Cubadebate.
Na sessão de encerramento do encontro, o intelectual venezuelano Manuel Azuaje leu uma declaração em que se destaca «a importância de reforçar o trabalho da Rede na actual conjuntura, tendo como principal função abrir brechas no cerco mediático nas mãos de grupos de poder que servem as oligarquias nacionais e o império».
«Torna-se imprescindível caracterizar com o maior rigor esta etapa histórica e denunciar as manobras das forças da reacção»
Estes «trabalham diariamente para confundir, enganar e desinformar a opinião pública, e desmobilizar quem apoia as causas justas», lê-se no documento lançado pela Rede em Havana, no qual se critica também «a concentração de meios, incluindo os servidores, motores de busca e outras empresas de Internet nas mãos das grandes empresas».
«Torna-se imprescindível caracterizar com o maior rigor esta etapa histórica e denunciar as manobras das forças da reacção», que os intelectuais em defesa da humanidade «classificam como acções criminosas e que violam os mais elementares princípios do Direito».
«Enquanto as forças progressistas respeitam as regras do jogo, os seus inimigos actuam com total impunidade, sem respeitar nenhuma norma ética», afirma-se na declaração subscrita, entre outras, por personalidades como Enrique Ubieta, de Cuba; Hernando Calvo Ospina, da Colômbia; Luis Britto García, da Venezuela; Víctor Hugo Morales, da Argentina, e Héctor Díaz Polanco, do México.
Solidariedade com a Venezuela, uma prioridade
Sublinhando que a solidariedade para com a Venezuela bolivariana, «acossada hoje de forma despiedada», continua a ser uma prioridade, os signatários da declaração defendem que «a Rede deve fazer circular textos e materiais audiovisuais que desmintam a tempo as falsidades da máquina mediática com eficácia comunicativa, poder de síntese e argumentos compreensíveis para todos os sectores sociais, em particular para os jovens».
No texto lido por Azuaje, afirma-se ainda que «manifestações tão ofensivas como as palavras de Trump [presidente dos EUA] no seu recente discurso sobre o estado da União e as declarações de Tillerson [Secretário de Estado dos EUA] na sua digressão pela América Latina devem ter respostas rápidas e certeiras».
A Rede de Intelectuais, Artistas e Movimentos Sociais «Em Defesa da Humanidade» foi fundada em 2003, tendo recebido, desde o início, o apoio do líder da Revolução Cubana, Fidel Castro, e do então presidente venezuelano, Hugo Chávez.
Estiveram presentes no encontro personalidades da Venezuela, do México, da Colômbia, da Argentina, de Espanha, de Itália, do Canadá, do Chile, do Equador e de Cuba.
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