A concentração no Largo Camões está agendada para as 17h. Daí, os manifestantes seguem para o Ministério do Ambiente, na Rua do Século, estando prevista a entrega do abaixo-assinado promovido pela Comissão de Utentes dos Transportes Públicos de Lisboa (CUTL), a União de Sindicatos de Lisboa e a Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans/CGTP-IN).
Foram cerca de 3000 os signatários do documento, onde se exige o fim da degradação do Metro de Lisboa e se denuncia o «verdadeiro inferno» dos utentes, sem esquecer os responsáveis.
«Os sucessivos governos da política de direita, com especial intensidade o último governo PSD/CDS, desenvolveram a sua política a favor dos interesses dos grandes grupos económicos, procurando transformar direitos consagrados em privilégios acessíveis apenas a quem pudesse pagar», lê-se no texto.
No caso do Metro de Lisboa, esclarecem que, «apesar das sucessivas promessas», o serviço tem-se degradado «dia após dia», dando como exemplo as recentes alterações à circulação na Linha Azul por falta de material circulante e a redução da oferta nas linhas Amarela, Azul e Verde no período de Verão.
As reivindicações que enumeram no texto ajudam a compreender a situação. Utentes e sindicatos reivindicam a reparação e manutenção das linhas e do material circulante, bem como a contração de «todos os trabalhadores em falta», exigindo a redução dos tempos de espera e o fim das constantes «perturbações» na linha.
As acessibilidades às estações do Metro são outro aspecto que preocupa os utentes, tendo motivado uma acção, na semana passada, da CUTL e da Associação Portuguesa de Deficientes (APD), junto à estação da Cidade Universitária, dando o exemplo de um rapaz impedido de frequentar o Ensino Superior devido à falta de acessibilidades naquela estação.
A propósito da realização das obras na estação de Arroios (linha Verde), os utentes exigem que sejam assegurados percursos alternativos pela Carris. Ao nível da bilhética, reivindicam garantias de fornecimento dos títulos de transporte e a redução dos preços «brutais» dos bilhetes e passes.
A acção desta tarde conta com intervenções da CUTL, da União dos Sindicatos de Lisboa e da Fectrans.
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