Arrancou hoje a greve dos trabalhadores do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) que realizam a investigação e monitorização dos recursos marítimos relativos à pesca, e que terminará a 24 de Abril.
Em causa está a reposição do suplemento remuneratório de compensação do trabalho no mar, que foi retirado em 2012 quando o IPMA assumiu as funções do Instituto Nacional de Recursos Biológicos, não ficando prevista a transição para a lei orgânica do suplemento para as carreiras de investigação, técnico superior e de técnico-profissional de laboratório.
Na nota de imprensa, a Federação dos Sindicatos da Função Pública (FNSTFPS/CGTP-IN) afirma que, apesar de serem compensados através do pagamento de horas extraordinárias, os trabalhadores sentem diversas limitações, nomeadamente a incapacidade de cumprir uma campanha completa (30 dias).
Além de afirmarem que não têm as condições necessárias para exercer as suas funções a bordo, os trabalhadores referem ainda os encargos adicionais sofridos com a ausência prolongada das famílias.
No documento, a FNSTFPS demonstra «a sua indignação pela insensibilidade revelada pelo Governo, ao se refugiar num parecer da Direcção-Geral da Administração e Emprego Público, contrário à aprovação de um suplemento remuneratório para estes trabalhadores, para não tomar a decisão política que se justifica e o carácter de urgência que a situação exige». O Governo é ainda avisado que, face à ausência de uma solução, haverá adiamentos das campanhas, tal como já aconteceu com a prevista para os recursos da sardinha.
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