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Inspectores das pescas prolongam greve ao trabalho extraordinário

Os inspectores das pescas iniciam na segunda-feira um novo ciclo de três meses de greve ao trabalho extraordinário para exigir do Governo o reinício das negociações da revisão da carreira especial.

Um pescador lança rede de pesca no navio «Afrodite», ao largo da costa de Peniche, 2 de Abril de 2015.
CréditosJosé Sena Goulão / Agência LUSA

Em comunicado, a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS/CGTP-IN) explica que o novo ciclo de greve, que dá continuidade aos anteriores, decorre do facto de o Governo não ter reaberto as negociações relativas à carreira.

A federação afirma que o processo foi interrompido em Outubro passsado, «sem qualquer explicação por parte do secretário de Estado das pescas que conduzia o processo», mantendo-se assim.

Segundo a estrutura sindical, a intransigência do Governo tem «tido várias consequências nefastas para a actividade de inspecção das pescas, quer a nível nacional como internacional». Sobre esta última, refere que o País não pode assumir os compromissos no âmbito da participação portuguesa em várias missões de inspecção com a Agência Europeia de Controlo de Pescas.

Já no plano nacional, o braço-de-ferro com o Governo levou à suspensão das inspecções nos portos nacionais às «actividades de desembarque de pescado se efectuam fora do período normal de trabalho», não tendo sido realizadas as inspecções à pesca de cerco e arrasto de crustáceos, bem como foram reduzidas o número destas às embarcações de pesca de arrasto.

No documento, a federação frisa que «a manutenção da ausência de resposta do Governo à exigência de reabertura das negociações determinará, inevitavelmente, o recuso a novas formas de luta», dando como exemplo a possibilidade de paralisações de 24 horas «em períodos estratégicos de descarga do pescado em portos nacionais».

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