A perda salarial real é superior a 20% em algumas carreiras, como a dos médicos, de acordo com o Jornal de Notícias. Os trabalhadores da Administração Pública não são aumentados desde 2009, à excepção daqueles que recebiam menos de 580 euros, o valor em que está o salário mínimo.
Mesmo entre estes, apenas os trabalhadores que estavam na primeira posição da tabela remuneratória única – que equivale ao salário mínimo nacional – ganham mais do que em 2009 em termos reais. A segunda posição, que corresponde a 532,08 euros, já foi ultrapassada e os trabalhadores foram colocados numa posição virtual, com um salário de 580 euros, o que não chega para mitigar as perdas reais.
A perda efectiva de poder de compra foi, durante este período, ainda maior do que o noticiado pelo Jornal de Notícias. Nas contas do diário não são contabilizados os aumentos nas contribuições para a ADSE ou o «enorme aumento de impostos» do anterior governo do PSD e do CDS-PP, que não foi completamente revertido pelo actual Executivo do PS.
Ao longo deste período, houve vários cortes salariais que atingiram grande parte dos trabalhadores, tal como o congelamento das progressões nas carreiras.
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