Nos últimos tempos grassa o descontentamento entre os pequenos comerciantes de peixe fresco pela falta de pescado no leilão da Lota do Funchal. A quantidade de peixe capturado mantém-se. O problema, dizem, está na venda prévia a quatro unidades industriais que «compram não só a quota de pescado capturado previamente destinado à indústria, mas praticamente todo o produto».
Alguns comerciantes falam de usurpação e denunciam o facto do pescado adquirido não ser utilizado para fins industriais, mas sim para vender, a preços mais elevados, aos comerciantes de peixe fresco.
Na prática constitui-se mais um intermediário, que provoca o aumento dos custos de venda final e coloca em causa os interesses dos consumidores e dos pequenos comerciantes de peixe fresco. Segundo estes, a situação compromete também o rendimento dos pescadores e armadores e, ao que tudo indica, «favorece as unidades industriais em relação à venda do pescado em leilão».
A regularização do sector das pescas e de todos os seus intervenientes, designadamente a actividade dos pescadores, dos armadores, do sector industrial e dos comerciantes de pescado fresco, é da responsabilidade do Governo Regional da Madeira.
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