O requerimento, enderaçado hoje ao presidente da Assembleia da República, refere «alguns dos problemas que persistem», como a «enorme carência de profissionais de saúde» no SNS e a «desvalorização social, profissional, remuneratória» e das suas carreiras.
A bancada comunista quer debater, amanhã, esta situação, após três dias de greve nacional dos médicos e quando se avolumam notícias que retratam as consequências da situação descrita pelo PCP.
Ainda hoje, o Público dá conta de que 136 mil crianças e jovens não têm médico de família atribuído, uma realidade que afectava 723 mil utentes no final de Janeiro. Entretanto, o Ministério da Saúde veio anunciar que vai abrir o concurso para colocar os especialistas recém-formados – cerca de 300. No ano passado, o atraso no lançamento deste concurso, que serve para fazer com que os médicos que completam a sua formação especializada cheguem aos serviços onde fazem falta, levou ao abandono do SNS por parte de alguns clínicos.
Por seu lado, a TSF revelou que o Hospital de Santa Maria, em Lisboa, pode estar prestes a abrir uma lista de espera para tratamentos oncológicos por o seu corpo clínico ter dificuldade em dar resposta a todas as situações. O director do serviço de Oncologia, Luís Costa, revelou que o facto de não poderem ser contratados mais médicos já levou ao adiamento de tratamentos na semana passada. «Todos os tratamentos em cancro são urgentes», lembra.
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