Os trabalhadores dos Transportes Urbanos de Vila Real estiveram ontem em greve, pelo cumprimento do contrato colectivo de trabalho, nomeadamente dos horários e das folgas previstas.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP/CGTP-IN), a adesão à greve rondou os 80%, com «16 dos 23 motoristas da empresa» a participar no protesto.
Apesar da forte adesão, o STRUP afirmou ter havido várias ilegalidades da parte do grupo Santos, que detém a concessão dos transportes urbanos, tendo sido apresentada queixa à Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) e à PSP.
Em declarações à Lusa, citadas pelo DN, o dirigente do STRUP Luís Venâncio denunciou que «temos aqui 16 trabalhadores parados e a empresa recorreu a trabalhadores que saíram ontem [segunda-feira] à noite do serviço, não cumpriram os mínimos de descanso e estão a trabalhar já de manhã».
O dirigente sindical acrescentou que «há trabalhadores que estão a conduzir sem habilitações, porque esta não é a actividade regular deles», com a empresa a recorrer a outros trabalhadores do grupo, tais como chefias e mecânicos, pessoas que não têm livrete de registo de horário de trabalho nem cartão de motoristas.
Luís Venâncio explicou que a greve foi convocada para exigir o cumprimento do contrato colectivo de trabalho, estando os trabalhadores a reivindicar «que se cumpram as oito horas diárias, as 40 semanais e o pagamento do tempo suplementar, como está regulado, com as duas folgas semanais», de momento só tendo uma.
Já a PSP de Vila Real, chamada ao local para confirmar a queixa do sindicato, confirmou terem sido detectadas várias infracções nos Transportes Urbanos de Vila Real durante o período de greve.
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