Rui Rio está disponível para amparar o Governo e o PS na intenção de apagar o tempo de serviço dos trabalhadores da Administração Pública com carreiras especiais, em que as progressões estiveram congeladas, segundo fonte do PSD citada pelo Público.
Apesar de representar uma contradição com o que o seu vice-presidente (e ex-ministro da Educação) David Justino e com o que o líder parlamentar vêm defendendo, esta intenção recoloca o PSD na posição em que sempre esteve: não só contra a contagem do tempo do congelamento, mas contra o descongelamento – abstendo-se na votação das normas do Orçamento do Estado para 2018 em causa.
O líder do PSD disse, na passada sexta-feira, ser «compreensível» que não existam condições para pagar a contagem do tempo de serviço, mas, num arriscado exercício de equilibrismo, acrescentou que «o Governo ou dá ou tem de ter a penalização política de andar a assumir compromissos que não pode assumir». Já ontem, Fernando Negrão, na abertura das jornadas parlamentares do PSD, tentou o mesmo exercício e disse que, se a explicação for «convincente», o partido aceita o apagão.
Em todas as declarações, os responsáveis do PSD falam apenas dos professores, que, de facto, são a profissão com maior peso nas carreiras em causa. No entanto, também está em causa a situação de outros profissionais, como das forças e serviços de segurança, e dos militares.
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui