Esta iniciativa, que terá como objectivo chamar a atenção do Governo para a questão relacionada com o descongelamento das carreiras, mereceu apoio público das associações profissionais de militares, através de comunicados que emitiram ao longo do dia de ontem.
A Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA) refere que, «nas fileiras, o descontentamento e a desmotivação» são bem patentes e afirma compreender «a iniciativa em causa e a ausência dos militares à hora do almoço para reuniões de reflexão entre camaradas».
Também a Associação de Praças (AP) se solidarizou com a iniciativa, «por forma a pressionar o governo a fazer cumprir a lei do Orçamento do Estado, nomeadamente no que diz respeito ao descongelamento dos escalões, especificamente os artigos 18.º e 19.º».
Por sua vez, a Associação Nacional de Sargentos (ANS) sublinha que, «face à ausência de respostas por parte do Governo, compreende o apelo para a ausência dos militares ao almoço e à participação em reuniões de reflexão», considerando a necessidade de tudo fazer «na busca de um caminho para o diálogo e por considerar que as exigências colocadas sobre as questões do descongelamento das carreiras são absolutamente justas e fundamentadas».
Entretanto, o secretário de Estado da Defesa, surpreendentemente, anunciou ontem ao fim da tarde na Comissão parlamentar de Defesa que, ao abrigo do artigo 18.º do Orçamento do Estado, já se tinha iniciado o processo de reposicionamento nas Forças Armadas, tendo já sido beneficiados mais de 2500 militares.
Marcos Perestrelo informou também que haverá lugar ao pagamento de retroactivos, considerando que os reposicionamentos não foram efectuados no momento próprio.
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