Segundo os dados divulgados hoje pelo Banco de Portugal, relativos a Maio, o endividamento das administrações públicas subiu 10 mil milhões de euros face a Dezembro de 2017 e, à excepção de Março passado, tem vindo a subir sucessivamente, fixando-se no máximo histórico de 315 mil milhões de euros. Quando somada a dívida das empresas públicas, este valor sobre para 322 mil milhões de euros.
A dívida do sector privado também subiu em Maio, fazendo a dívida total do sector não financeiro (ou seja, toda a economia com a excepção da banca) ultrapassar os 724 mil milhões de euros.
O nível de endividamento em relação ao produto interno bruto (PIB) é de cerca de 160%, no caso do sector público, e de 370% no total da economia – o que significa que toda a riqueza criada em Portugal em três anos e meio não chegaria para pagar a dívida total.
O Governo tem pautado a sua actuação face à dívida pública pela gestão corrente, nomeadamente através da troca de títulos com juros elevados por outros com juros mais baixos, aproveitando o contexto internacional favorável. O problema é que esta abordagem não abate no volume total da dívida e mesmo no volume dos juros, a redução tem sido mínima face aos custos anuais: que continuam acima dos 7 mil milhões de euros.
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