Fenprof

O Parlamento discutiu no final da semana passada temas relacionados com a Escola Pública e a profissão docente, a partir de quatro petições entregues pela Fenprof, em Abril de 2024.

A falta de professores, fruto de políticas que têm desestruturado a carreira docente, não é um problema exclusivo da Escola Pública.

O aumento de 20% no número de vagas no Ensino Superior em cursos para docentes de Educação Básica, anunciado pelo Governo, não responde à elevada falta de professores que se faz sentir agora, alerta Fenprof. 

A paralisação abrange todas as actividades relacionadas com estas provas de avaliação e iniciar-se-á na próxima segunda-feira, 10 de Fevereiro.

A Federação Nacional dos Professores entrega amanhã, na Assembleia da República, uma petição com mais de 15 mil assinaturas a exigir a «urgente valorização da carreira docente».

Os números divulgados pela tutela foram «martelados» para «servir interesses», acusa a Fenprof, salientando que continua a haver muito mais alunos no ensino público. 

Depois da Fenprof ter denunciado o facto de o Governo ter fechado a proposta de protocolo de negociação da revisão do Estatuto da Carreira Docente sem o seu acordo, a federação sindical volta a dizer que o Governo, assim continuando, vai dar-se mal.  

No final da reunião com a tutela, o secretário-Geral da Fenprof vincou que «ou o Governo altera profundamente o que tem nas suas propostas ou estas medidas em nada contribuirão, designadamente, para a tão necessária captação de jovens para a profissão».

Depois da polémica do número de estudantes sem professores que afinal não correspondiam à realidade, sabe-se agora que o concurso externo extraordinário de colocação de docentes foi um insucesso.

«Há razões de sobra», diz a ABIC, para a manifestação nacional marcada para o dia 23 de Outubro, em Lisboa. Trabalhadores científicos lutam por medidas como a substituição de todas as bolsas por contratos de trabalho.

Cerca de cem docentes estão concentrados junto ao Ministério da Educação, em Lisboa, para exigir o alargamento do apoio financeiro a todos os docentes colocados longe de casa, numa manifestação organizada pela Fenprof. 

Celebração e luta, no próximo sábado os docentes farão um desfile em Lisboa para assinalar o Dia Mundial do Professor e alertar para a necessidade da valorização das carreiras e da democratização das escolas. 

De norte a sul do país, os portões das escolas voltaram a abrir para receber milhares de estudantes. O início do ano lectivo colocará em evidência todas as fragilidades da escola pública, problemas que a Fenprof considera que se agravaram.

Numa reunião com a Fenprof, o Ministério da Educação informou que pretende avançar nos próximos dois dias com o novo apoio à deslocação dos docentes. Isto no dia em que a OCDE afirma que para se resolver a falta de professores é necessário melhores salários.

Ciente de que ainda serão sujeitas a negociação colectiva, a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) reitera que as matérias anunciadas pelo Governo podem disfarçar o problema, mas não o resolvem.

Vão aposentar-se 460 professores no mês de Setembro, um número nunca antes visto. Em comunicado a Fenprof considerou que este «é o resultado de duas décadas de políticas educativas de desvalorização da profissão».