CDS-PP

O primeiro-ministro tentou evitar, mas a promiscuidade com grandes grupos económicos e a falta de respostas em matérias cruciais, como os salários, a habitação e os serviços públicos, precipitaram a queda do Governo. 

O PCP apresentou uma proposta para acabar com a promiscuidade entre o poder político e os interesses económicos, o PSD absteve-se e os votos do PS podiam garantir a aprovação da medida, mas votou contra.

A sessão solene desta segunda-feira na Assembleia da República, mais uma tentativa de reescrita e falsificação da História, mostra o indisfarçável saudosismo da direita e o seu lamento profundo pelo revés sofrido a 25 de Novembro de 75.

Unidos em torno de um projecto de destruição do país, PSD, CDS-PP e Chega inviabilizaram as discussões em torno da privatização ruinosa da TAP e do estado do SNS e encerramento de urgências. 

PSD, CDS-PP, IL e PS recusaram a proposta do PCP, que recomendava ao Governo a valorização dos baldios, eliminando os cortes na elegibilidade das áreas de baldios para efeito de atribuição de apoios.

Nos 50 anos do 25 de Abril de 1974, o CDS-PP lembrou-se de propor sessões solenes do 25 de Novembro. Num debate marcado pela falsificação da história e o ataque à Revolução de Abril, ficou demonstrado que a direita ainda vive mal com o que Abril representa. 

PS e AD convergiram mais uma vez para a manutenção da guerra, colocando os povos a pagar e os grandes interesses bélicos a beneficiar. Ao invés de caminhar na direcção da paz, PS e AD querem emissão de dívida conjunta para financiar a guerra. O Livre considera a ideia. 

A AR vai ouvir os ex-governantes Passos Coelho, Vítor Gaspar, Maria Luís Albuquerque e Sérgio Monteiro, os responsáveis da ANA, José Luís Arnaut e Thierry Ligonnière, e os representantes dos trabalhadores da empresa.

«Eu e o meu partido não defendemos isso», afirmou ontem, no Parlamento, Luís Montenegro. O primeiro-ministro entende que a defesa deste direito fundamental põe em causa o «direito à protecção da vida do nascituro».

Depois das promessas eleitorais, a realidade da submissão. O novo Governo terá que enviar à Comissão Europeia um novo plano orçamental que terá que obedecer aos tectos de despesa impostos. Significa isto a recusa de respostas a problemas.

Os comunistas apresentarão uma moção de rejeição ao governo da AD, considerando não ser preciso esperar pela entrada em funções para se saber quais os projectos e objectivos da nova maioria.

Em 2015, Francisco Assis foi frontalmente contra algum tipo de entendimento à esquerda, isto numa altura em que o que estava em causa era arredar PSD-CDS do governo e repor direitos e rendimentos aos trabalhadores. A leitura política não muda do dia para a noite.