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Administração dos Correios alega não poder pagar salários justos

Representantes da administração dos CTT foram à DGERT «alegar dificuldades» para pagar «salários justos» e que permitam reposição do poder de compra dos trabalhadores, denuncia sindicato.

CréditosInácio Rosa / Agência Lusa

«Fizeram-no com a mesma desfaçatez» com que, em sede de audição parlamentar na Assembleia da República, afirmaram ter apenas «80 trabalhadores(as) em falta no dia anterior», refere o Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT/CGTP-IN), num comunicado divulgado esta quinta-feira. 

«A verdade sobre a alegada dificuldade em pagarem salários justos e sobre o número de trabalhadores(as) em falta é a mesma! Não existe», acrescenta. A conclusão do sindicato apoia-se nos 38 milhões de lucro obtido pelos CTT em 2021, valor que contrasta com os dois milhões destinados a salários e investimento. 

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CTT: Greve parcial no dia 25 por aumentos salariais

O aumento dos salários e melhores condições de trabalho motivam a greve parcial no dia 25 deste mês. Com 38 milhões de euros de lucro em 2021, a administração dos CTT propõe «aumentos» de 7,50 euros. 

CréditosAntónio Cotrim / Agência Lusa

«Os accionistas apoderam-se da riqueza criada por quem trabalha na empresa, a quem pretende dar alguns tostões», critica a Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans/CGTP-IN) face à proposta de actualização salarial. 

A estrutura sindical informa que os pré-avisos de greve emitidos prevêem paralisações nas primeiras duas horas do primeiro período de trabalho em alguns locais ou serviços, como a Logística/Transportes Coimbra e Castelo Branco, os Centros de Distribuição Postal, os centros de apoio à distribuição e a rede de lojas.

Para outros serviços, como a Logística/Transportes do CPL-S, estão previstas duas horas de greve no primeiro período de trabalho e as mesmas duas horas do segundo período de trabalho. Serviços como o CPI-N e IPEN, farão greve nas últimas duas horas do período normal de trabalho. 

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Relativamente à falta de «apenas 80 trabalhadores», como referiu a administração, o SNTCT lembra a falta de pessoal nas estações dos Correios e os «giros em dobra», estando calculada a falta de mais de 750 carteiros.

Neste sentido, a estrutura sindical prossegue a realização de acções de protesto e denúncia nas capitais de distrito. Depois de Faro, ontem, os trabalhadores estiveram reunidos esta manhã em Setúbal, seguindo-se, de 13 a 16 de Setembro, acções no Funchal, Angra do Heroísmo, Horta e Ponta Delgada.  

«Há que dar a volta nos CTT Correios e parar a destruição do que deles resta do bom que foram pelo excelente serviço que prestavam/prestaram e do seu capital mais importante, os seus trabalhadores e as suas trabalhadoras», defende o sindicato.

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