No início desta semana, os jornais deram eco aos apelos da Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), nos quais afirmava que «a falta de mão-de-obra em quantidade e qualidade para responder às necessidades é um problema que tem de ser resolvido».
As declarações da associação patronal exortavam ainda as autarquias a ter políticas de habitação a custos controlados, de forma a «atrair mão-de-obra de outras regiões do País, mas também imigrantes oriundos de países terceiros».
Em comunicado, o Sindicato de Hotelaria do Algarve (CGTP-IN) denunciou que tais afirmações «pretendem esconder a responsabilidade de quem as faz, bem como a difícil realidade vivida por quem trabalha neste sector». Além disso, afirmou que se trata de mais uma tentativa de canalização de mais fundos públicos «para os bolsos dos patrões».
Segundo a estrutura, «este é um sector que tem vindo a atingir resultados recordes sucessivos ao mesmo tempo que o trabalho é cada vez mais precário, os horários cada vez mais longos e desregulados, os ritmos de trabalho cada vez mais penosos e os direitos cada vez mais postos em causa».
«O problema não é a falta de mão-de-obra.O problema são as condições cada vez mais miseráveis que os patrões impõem aos trabalhadores», reitera o Sindicato de Hotelaria do Algarve.
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui