«Em cada reunião que se faz com a administração da Carris, mais se comprova que esta está a ser um instrumento da UGT para impor novas regras na organização dos sindicatos», lê-se num comunicado aos trabalhadores.
A acusação parte da Federação Nacional dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans/CGTP-IN), no seguimento das acções de ingerência da empresa que, após ter fechado um acordo com os sindicatos, faltando apenas a sua assinatura, passou a exigir uma taxa sobre trabalhadores não sindicalizados.
«Estamos perante uma manobra de chantagem sobre os trabalhadores e a administração tomou partido pela penalização dos trabalhadores para favorecer outras organizações com quem negociou e combinou esta cláusula», lê-se no comunicado.
A cláusula prevê que a adesão dos trabalhadores não sindicalizados ao novo acordo de empresa só seja possível com um pagamento destes aos sindicatos no valor de 0,4% do seu salário ilíquido.
Algo que desvirtua por completo o intuito do acordo, afirma a Fectrans, «de que todos os trabalhadores tenham um acordo de empresa», além de ser uma «intromissão, ilegal, na vida dos sindicatos» e de «não respeitar a livre opção dos trabalhadores em serem ou não sindicalizados».
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