Carteiros de Matosinhos protestam contra falta de pessoal

Os carteiros do Centro de Distribuição Postal (CDP) de Matosinhos cumprem uma greve de 24 horas, esta quinta-feira, para protestar contra a falta de pessoal, que afecta trabalhadores e população. 

Os trabalhadores dos CTT não baixam os braços perante a degradação do serviço que resultou da privatização
Créditos / AbrilAbril

O protesto arrancou com uma concentração de trabalhadores frente ao CDP, seguida de um desfile em direcção à Câmara de Matosinhos, onde foram recebidos pelo presidente da autarquia, a quem entregaram uma carta expositiva dos problemas que enfrentam. 

José Sá, do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (STNCTT), revela que o presidente se comprometeu a fazer chegar este problema à direcção dos CTT. De acordo com a estimativa do sindicato, faltarão cerca de nove profissionais no CDP de Matosinhos. Um problema que «se arrasta há muito, muito tempo» e que, denuncia José Sá, a empresa chegou a resolver provisoriamente, recorrendo ao outsourcing

Os trabalhadores denunciam que a falta de carteiros neste centro, além de obrigar os actuais profissionais a cumprir «muitas horas extraordinárias, que não são pagas», coloca em causa a qualidade do serviço postal universal, mas afecta também as empresas e os habitantes de Matosinhos, «que assim vêem retardada a entrega da sua correspondência».  

Hoje ainda, entre as 19h30 e as 24h, prossegue a greve dos trabalhadores do Centro de Produção e Logística do Norte (CPLN), pela alteração dos horários de trabalho, mas também devido a problemas relacionados com transportes e logística.

Levar a Carta a «Garcia»... todos os dias!

Recorrendo à expressão que resultou da guerra entre Espanha e os Estados Unidos, e da qual subjaz a ideia de «cumprir, eficazmente, uma missão, por mais difícil ou impossível que possa parecer», está em curso uma caravana de denúncia da destruição do serviço público postal.

Intitulada «Levar a carta a "garcia"...... todos os dias!», a iniciativa, que começou no dia 6, em Faro, no Algarve, vai percorrer todo o País, terminando em Lisboa, a 31 de Maio. O objectivo é denunciar a precariedade que se instalou nos correios desde a sua privatização, em Setembro de 2014, designadamente a falta de trabalhadores, a redução de serviços e de atendimento aos utentes.

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