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Enfermeiros foram contratados no âmbito do plano de contigência contra a gripe

Centro Hospitalar de Gaia despede enfermeiros

Doze enfermeiros contestaram esta terça-feira, numa concentração junto ao Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia, o seu despedimento, afirmando que este não faz sentido pois são imprescindíveis para o pico da gripe e as necessidades permanentes da instituição.

Mais de uma dezenas de enfermeiros e dirigentes sindicais estiveram concentrados hoje de manhã no protesto
Créditos / SEP

Os enfermeiros em causa foram contratados pelo Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia ao abrigo do plano de contigência da gripe, para dar resposta ao aumento do fluxo de utentes. Estes esperavam ficar até meados de Abril.

No entanto, após um mês, foram informados que vão ser despedidos no início de Fevereiro. A administração justifica com a redução do número de camas e porque o Ministério da Saúde não autorizou o reforço de enfermeiros.

Em declarações ao AbrilAbril, Fátima Monteiro, dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP/CGTP-IN), afirmou ser «lamentável o despedimento destes profissionais quando são tão evidentes as necessidades  hospitalares e carência de quadros para dar resposta ao pico da gripe e aos serviços de urgência».

Segundo a dirigente, com a assinatura recente do acordo colectivo de trabalho entre o SEP e as instituições de Saúde, que implica a passagem às 35 horas semanais, é incompreensível o despedimento dos enfermeiros integrados, sendo necessária a sua readmissão.

Nesse sentido, Fátima Monteiro afirmou que o SEP vai exigir a manutenção de todos os postos de trabalho visto que estão a dar resposta a necessidades permanentes da instituição, estando marcada para sexta-feira uma reunião com o conselho de administração.

Caso contrário, afirmou, vão ser colocados em causa os cuidados aos utentes e o trabalho dos profissionais, pois os serviços irão operar com um défice de enfermeiros, pondo em causa ambos com riscos graves e desnecessários.

O protesto de hoje contou com a solidariedade de deputados do PCP, que já questionaram o Ministério da Saúde sobre este caso e as medidas que vai tomar, e a presença da coordenadora do BE. Ambos os partidos defendem a continuidade destes enfermeiros, visto que respondem a necessidades permanentes para o bom funcionamento dos cuidados de saúde.

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