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Coca-Cola ameaça cortar 48 postos de trabalho em Portugal

A Coca-Cola Europacific Partners (CCEP), engarrafador da Coca-Cola em Portugal, justifica-se com processo de «reorganização de algumas actividades» para anunciar a intenção de despedimento colectivo.

Créditos / Human Resources

Em comunicado, a CCEP salienta que no passado dia 7 de Outubro convocou representantes dos trabalhadores a nível europeu e nacional para informar «da sua intenção de continuar com o processo de reestruturação e de reorganização de algumas das suas actividades que envolvem vários países, como Portugal».

As alterações previstas, refere a empresa, «têm impacto estimado em 48 postos de trabalho» nas áreas comercial, finanças e tecnologias de informação no mercado português.

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Luta pode endurecer na Refrige Coca-Cola

Os trabalhadores encontram-se em greve às horas extraordinárias na fábrica de Palmela e podem endurecer a luta se não houver uma «evolução substancial» por parte da administração da empresa.

Créditos / Bloomberg

A União de Sindicatos de Setúbal (USS) divulgou um comunicado informando que a luta dos trabalhadores da Refrige/Coca-Cola «pode tomar outros contornos» caso «não exista evolução substancial na proposta» da administração da empresa.

A proposta actual da administração é de os salários serem negociados bienalmente, propondo aplicar um aumento salarial de 0,5% no corrente ano e de 1% no próximo ano.

Os trabalhadores, segundo o comunicado da USS, pretendem que o aumento seja negociado anualmente e rejeitam os percentuais apresentados nem sequer são «admissíveis na discussão», já que «a Refrige tem mais que condições para satisfazer» maiores aumentos e lembram que «a fabrica nunca esteve parada na altura dos estados de emergência devido à pandemia».

Os trabalhadores da Refrige/Coca-Cola já se encontram em greve ao trabalho extraordinário desde o dia 13 de Julho, para apoiar as negociações de aumentos salariais em curso.

A Refrige é responsável pela produção de 90% dos produtos da Coca-Cola vendidos em Portugal e exporta 28% da sua produção. Em 2018 anunciou a expansão dos seus negócios em Portugal, prometendo investimentos de 120 milhões nos cinco anos subsequentes, segundo o Dinheiro Vivo.

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O engarrafador da Coca-Cola no nosso país justifica-se com a necessidade de ter «um negócio ágil e competitivo», para, por um lado, «responder à constante pressão e desafios dos concorrentes e dos novos intervenientes que entram no mercado» e, por outro, adaptar-se a «um ambiente em contínua evolução». Neste sentido, a empresa prevê despedir 2200 trabalhadores a nível mundial.

No passado mês de Julho, porém, a informação avançada sobre os lucros da Coca-Cola revelava que as vendas tinham regressado aos níveis de 2019. Os lucros da empresa no primeiro semestre do ano foram de 4886 milhões de dólares (cerca de 4200 milhões de euros), com o presidente da norte-americana a destacar que o negócio estava «a recuperar de forma mais rápida do que a economia em geral». 


Com agência Lusa

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