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Covid-19: greves desconvocadas mas luta não esmorece

Algumas greves foram suspensas devido ao plano de contingência relativo ao Covid-19. A Frente Comum manteve a greve marcada para 20 de Março, mas garantindo «o normal funcionamento dos serviços de saúde».

Créditos / Pixabay

«Face às medidas de contenção e de Saúde Pública que estão a ser implementadas no País e que necessariamente envolvem os profissionais de saúde, ao serviço do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas (SBSI) e dos SAMS Sul e Ilhas, os sindicatos representativos destes trabalhadores decidiram desconvocar a greve» decretada para hoje, pode ler-se num comunicado.

Apesar desta desconvocação, os sindicatos mantêm «a sua forte oposição à tentativa de caducidade dos IRCT [Instrumentos de Regulamentação Colectiva de Trabalho]» e lembram que se cria agora uma oportunidade para a entidade patronal retomar o diálogo e a negociação.

Teletrabalho nas Águas do Algarve leva à suspensão da greve

A greve marcada para hoje nas Águas do Algarve foi suspensa por ter sido aplicado um plano de contingência relativo ao Covid-19, estando os trabalhadores a fazer teletrabalho a partir de casa, informa o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Sul (SITE Sul/CGTP-IN).

A estrutura sindical sublinha que não deixou de interrogar a empresa sobre esta medida: sobre as condições de trabalho para quem fica em casa e as respectivas remunerações.

«Após o termo deste plano de contingência iremos reunir novamente com os trabalhadores e decidir a marcação de novo dia de luta», pode ler-se na nota.

Função Pública protesta mas assegura normal funcionamento na Saúde

Por seu lado, a Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública (CGTP-IN) anunciou, na segunda-feira, que mantém a greve nacional marcada para dia 20 de Março, mas garantindo o normal funcionamento dos serviços de saúde, devido ao impacto do novo coronavírus.

«A greve vai manter-se pelos mesmos motivos que foi convocada, contra a imposição negocial do Governo, por aumentos salariais dignos, pela revisão da tabela remuneratória única», disse o coordenador da Frente Comum, Sebastião Santana, em conferência de imprensa, em Lisboa.

«No entanto, foi entendimento da Frente Comum não contribuir para o alarmismo social que existe e, fazendo justiça ao sentido de responsabilidade dos trabalhadores da administração pública, nomeadamente os da saúde, optámos por assegurar o normal funcionamento dos serviços dependentes do Ministério da Saúde», afirmou o dirigente sindical.

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