Os recibos de vencimento, como os que o AbrilAbril publica, divulgados à imprensa pelo sindicato, demonstram a persistência da Sumol+Compal no desrespeito pelo salário mínimo nacional (SMN), fixado em 557 euros em Janeiro deste ano, nas suas unidades de Leiria e Pombal.
De acordo com os documentos (com alguns dados ocultados para salvaguardar a identidade os trabalhadores em causa), o vencimento base em Fevereiro era de 545 euros, valor que foi actualizado em Abril para 551,64 euros com efeito a partir de Janeiro. Apesar da alteração do valor, a Sumol+Compal continua a praticar salários abaixo do mínimo fixado legalmente.
Apesar de a empresa rebater a denúncia feita pelo Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (Sintab/CGTP-IN), o valor é claramente identificado nos recibos. A Sumol+Compal pretende que um subsídio (designado «subsídio de harmonização» nos documentos) conte como salário para continuar a recusar cumprir o SMN – uma pretensão ilegal, como afirma o Sintab.
Os trabalhadores da fábrica de Pombal cumpriram um dia de greve, na passada terça-feira, com uma adesão na ordem dos 90%, como nos relatou Rui Matias, dirigente do Sintab. Tal como noticiámos há uma semana, o sindicato já participou da situação à Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) e pediu uma reunião de negociação com a empresa no Ministério do Trabalho.
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