A 1 de setembro de 2019 concretizou-se a transição da Escala Braga, PPP para o Hospital de Braga, EPE, voltando esta unidade de saúde à esfera pública. Mas apesar dos alertas feitos pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP/CGTP-IN) no período anterior a esta transição, não foi concretizada a adesão aos Instrumentos de Regulamentação Colectiva de Trabalho (IRCT) para garantir que os enfermeiros, à data contratados pelo Grupo Mello com um salário de 1060 euros, passassem para os 1201 euros que ganham os enfermeiros nos hospitais públicos.
Este protelamento determinou o agendamento de uma greve para 17 e 19 de Março, suspensa devido à pandemia de covid-19. Em carta agora enviada ao Presidente da República e ao primeiro-ministro, o SEP refere que estes profissionais «não precisam de ser apelidados de heróis», nem «que lhes batam palmas» mas exigem «ter salários iguais aos restantes».
«Ninguém compreende que os salários destes enfermeiros se mantenham naquele vergonhoso valor quando todos os que foram admitidos pós-Setembro recebem, e bem, os 1201 euros», pode ler-se na nota.
O sindicato relembra que, na prorrogação do estado de emergência, o Presidente da República e o Governo suspenderam a Constituição da República relativamente ao agendamento de greves, «como se os sindicalistas fossem irresponsáveis», excluíram os sindicatos das negociações de matéria laboral e «reservaram para si» o papel de resolver os problemas dos trabalhadores.
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui