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Estações paradas e trabalhadores que «não arredam pé» na Águas e Resíduos da Madeira

Em piquete desde cedo à porta da empresa, os trabalhadores exigem o fim das discriminações salariais e a contratação de mais profissionais.

Os trabalhadores responsabilizam a ARM por terem chegado a esta situação já que, sustentam, tem «bloqueado todas as negociações»
Créditos / USAM

A greve arrancou hoje com a triagem e a estação de resíduos paradas. Só a estação da água e da rega está a funcionar com os serviços mínimos acordados. Os trabalhadores da Águas e Resíduos da Madeira (ARM) concentraram-se em piquete à porta da empresa desde as 7h30 de hoje, juntamente com representantes sindicais, e prometem voltar amanhã com o mesmo ânimo.

Em declarações ao AbrilAbril, Maria José Fonseca, dirigente da União de Sindicatos da Madeira (USAM/CGTP-IN), afirmou que «os trabalhadores estão firmes e não vão arredar pé».

A dirigente sindical contou que a empresa tentou desmobilizar esta greve, apresentando uma proposta de aumento do subsídio de refeição que «mantinha as discriminações», pelo que foi rejeitada pelos trabalhadores. A empresa propunha um aumento dos actuais 4,77 euros para 6,41 em 2022, o que permanecia aquém dos 7,26 euros recebidos por alguns trabalhadores.

Trata-se de uma discriminação que resulta da fusão de duas empresas que tinham acordos salariais distintos, situação que deve ser resolvida rapidamente, no entender do sindicato.

Para dia 3 de Setembro, está agendada uma reunião com a administração, na qual os trabalhadores voltarão a apresentar as suas reivindicações. Se não houver acordo, a greve continua nos dias 4 de 5.

No pré-aviso de greve, que o sindicato entregou no passado dia 7, são apontados como objectivos: a contagem da antiguidade para enquadramento na tabela salarial; o correcto enquadramento nas categorias profissionais; o fim das discriminações existentes na empresa; melhores condições de segurança e saúde no trabalho; e a contratação de mais trabalhadores.

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