A Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS) já tinha anunciado que estavam em falta, no início do ano lectivo, cerca de 6 mil assistentes operacionais. Esta situação provoca problemas de higiene, segurança ou falta de apoio aos estudantes e docentes das escolas.
Segundo a Federação Nacional de Professores (Fenprof), a situação só não é ainda mais grave porque há escolas que estão a substituir esses trabalhadores por outros em regime de Contrato Emprego-Inserção (CEI), o que segundo a Federação constitui uma resposta muito precária face às necessidades das escolas, mas também «uma enorme exploração do trabalho destas pessoas que desempenham funções em condições muito negativas», funções essas que «deveriam dar lugar à abertura de postos de trabalho».
A estrutura sindical alerta que o problema não foi resolvido pelo Governo e que os municípios não têm capacidade de dar resposta. Começam a sentir-se as consequências nas escolas, havendo já casos flagrantes de alteração do seu normal funcionamento.
Fechou a EB1 António Nobre e a Básica e Secundária de Canelas está a encerrar mais cedo
No Agrupamento de Escolas das Laranjeiras, em Lisboa, encerrou ontem a EB1 António Nobre, que só tinha uma assistente operacional, entretanto deslocada para outra escola. A não resolução deste problema poderá levar, nos próximos dias, ao encerramento de outras escolas do agrupamento: EB1 das Laranjeiras e EB1 Frei Luís de Sousa.
A Fenprof sinalizava, ontem, que a Escola Básica e Secundária de Canelas, em Vila Nova de Gaia, tinha encerrado às 16 horas nos últimos três dias úteis, igualmente por falta de assistentes operacionais. Neste caso, os pais já pediram uma reunião urgente ao delegado regional da Direcção Geral de Estabelecimentos Escolares e convocaram para sexta-feira um encontro para debater a questão.
Governo anuncia contratação de 300 funcionários
O Jornal de Notícias avança hoje que, horas depois da Fenprof ter divulgado o comunicado, o Ministério da Educação anunciou a contratação de 300 assistentes operacionais «para suprir necessidades mais prementes».
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