«Os trabalhadores foram informados da intenção da Fisipe de proceder ao despedimento coletivo, que deverá ter lugar até ao mês de Agosto, alegadamente porque a empresa pretende fechar a linha de produção de fibra acrílica», disse ontem à Lusa Esmeralda Marques, do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Sul (SITE-Sul/CGTP-IN).
«A administração comunicou aos trabalhadores que pretende continuar a apostar na fábrica do Lavradio (Barreiro), com uma linha de produção de fibra de carbono, pelo que poderia manter estes 60 trabalhadores, dar-lhes formação ou aproveitá-los para alguns serviços que são contratados a empresas externas», acrescentou.
Segundo Esmeralda Marques, a empresa não só comunicou a intenção de proceder ao despedimento coletivo de 60 trabalhadores como também manifestou a intenção de retirar o apoio médico que dá a ex-trabalhadores. «Alguns desses trabalhadores têm doenças profissionais contraídas ao serviço da empresa», disse.
Esmeralda Marques referiu ainda que já foram solicitadas reuniões com a Câmara Municipal do Barreiro, mas também com o Ministério da Economia e com o Ministério do Trabalho. «Pensamos que é preciso avaliar bem a situação, até porque a Fisipe beneficiou, há cerca de cinco anos, de fundos comunitários para desenvolver alguns projetos», disse a dirigente do SITE-Sul.
Num plenário realizado no passado sábado, os trabalhadores decidiram avançar desde já com uma ação de protesto contra o despedimento coletivo, que passa por uma concentração e realização de um novo plenário junto à entrada da empresa, a partir das 9h do próximo dia 2 de Maio.
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui