Em declarações ao AbrilAbril, Francisco Figueiredo, dirigente do Sindicato da Hotelaria do Norte (CGTP-IN), afirmou, reiterando que são dados provisórios, que a greve está a ter uma «adesão muito boa no meio escolar, com mais de 170 cantinas fechadas na região Norte e Centro, e uma adesão boa nos hospitais e centros de formação profissional».
«Ainda não temos informação global sobre a greve, mas é maior do que a de 2 de Novembro, no Norte, e também a maior greve de sempre no que toca ao sector escolar», acrescentou.
Os trabalhadores exigem aumentos salariais «dignos» que compensem a subida da inflação desde 2010, face aos actuais «salários de miséria». Contestam ainda os elevados ritmos de trabalho, a precariedade e o bloqueio patronal nas negociações, onde é exigida a retirada de direitos em troca dos aumentos.
Segundo Francisco Figueiredo, a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), uma das várias associações patronais, insiste em propostas que são inaceitáveis, designadamente 11 horas de trabalho, reduzir o pagamento em dia feriado para metade e deixar de pagar o trabalho nocturno – das 20h às 24h».
Uma chantagem repudiada por trabalhadores que, em concentrações junto às diversas instalações da AHRESP, aprovaram por unanimidade uma moção a exigir «aumentos salariais justos e dignos» e a «negociação do contrato colectivo de trabalho com a manutenção de todos os direitos nele consagrados».
A paralisação faz parte dos vários protestos a realizar na quinzena de luta na Páscoa, convocada pela Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal (FESHAT/CGTP-IN).
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