A greve desconvocada foi anunciada no início do mês, pelo conjunto de estruturas sindicais (SNTSF/FECTRANS, SFRCI, SINFA e ASSIFECO) que não subscreveram o acordo de Dezembro passado relativo ao regulamento de carreiras na CP.
A administração, anteriomente intransigente a qualquer outra proposta, agora, perante a ameaça de paralisações, aceitou voltar à mesa de negociações relativas às carreiras com os sindicatos não subscritores. O acordo contempla já algumas reivindicações que se traduzem em aumentos salariais.
«Não dando respostas a todas as reivindicações sindicais, o acordo alcançado altera profundamente aquilo que recusámos assinar em Dezembro do ano passado, já que introduz ganhos para os trabalhadores, corrige alguns dos desequilíbrios e abre a negociação daquilo que se queria dar como facto consumado», lê-se no comunicado conjunto das estruturas sindicais.
Entre os ganhos referidos, dos quais a FECTRANS (CGTP-IN) exigia ter contemplados como garantia, estão aumentos de 25€, com efeitos a Janeiro de 2018, que terão «valorização directa nos subsídios de escala e turno, horas nocturnas, trabalho em dia de descanso/feriado e outras remunerações».
O combate à crescente desigualdade salarial, acentuada com a última proposta, é outro dos pontos contemplados no acordo, sobretudo na «valorização das remunerações mais baixas», entre as quais «Assistentes Comerciais, Operadores de Venda e Controlo e Operadores de Revisão e Venda, entre outros».
No acordo está ainda contemplado a manutenção de «todo o conteúdo funcional para a Carreira Comercial, nos termos do Regulamento de Carreiras de 1999» e o início em Abril do processo de revisão do acordo de empresa e do regulamento de carreiras, com efeitos a 1 de Outubro de 2018.
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