A administração dos CTT informou esta semana os representantes dos trabalhadores que vai aplicar a sua proposta final, «que não repõe o poder de compra e fica abaixo da inflação previsível», denunciou em nota o Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Correios e Telecomunicações (SNTCT/CGTP-IN).
O sindicato defende que os CTT «podiam e deviam ter ido mais longe», uma vez que os resultados deste semestre indicam que houve mais lucros para os accionistas.
A administração decidiu, unilateralmente, aplicar um aumento de 1% para vencimentos base até 1296,54 euros, de 0,9% para vencimentos base entre 1296,55 e 1926,65 euros, de 0,8% para vencimentos base entre 1926,66 e 2821,10 euros, e um aumento mínimo de 10 euros. Decidiu ainda contratar 100 carteiros e 50 técnicos postais e de gestão até ao final de 2019.
De acordo com a nota, os sindicatos envolvidos nas negociações consideram que estas propostas não correspondem às possibilidades de avanço nas condições de trabalho e na qualidade do serviço, a que não deram o seu acordo.
O argumento apresentado pela administração para justificar estes valores de aumento é o de que «não podiam ir mais longe», afirma o SNTCT, que considera «curiosa» a apresentação de lucros de nove milhões de euros no primeiro semestre, mais 21% do que no ano anterior.
Os trabalhadores exigem um aumento de 1,3% para vencimentos base até 1296,54 euros, de 1,2% para vencimentos base entre 1296,55 e 1926,65 euros, e de 1,1% para vencimentos base entre 1926,66 e 2821,10 euros, bem como um aumento mínimo de 12 euros.
No que diz respeito a contratações, os sindicatos consideraram que a proposta da administração fica aquém das necessidades de ocupação de postos de trabalho em falta, mas concordaram com os números avançados.
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