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Mariscadores e viveiristas da Ria exigem apoios

Os mariscadores e viveiristas da Ria Formosa exigem apoios do Governo para substituir os materiais proibidos das zonas definidas, afirmando que não podem arcar exclusivamente com os custos todos.

Marisqueiros na Ria Formosa
CréditosLevi Vermelho / Levi Vermelho

Em comunicado, o Sindicato dos Trabalhadores da Pesca do Sul (CGTP-IN) afirma ser necessário suspender a aplicação da actual lei, relativa à remoção de materiais não permitidos nos estabelecimentos de culturas marinhas de moluscos e bivalves localizados na Ria Formosa, substituindo-a por uma nova estratégia. 

«Não se contesta, naturalmente, a necessidade de proceder à substituição dos ditos materiais por outros mais adequados à manutenção da qualidade das águas. No entanto, tal procedimento não pode responsabilizar unicamente aqueles que ao longo dos anos têm cuidado da Ria, ameaçando-os, uma vez mais, com coimas que podem ir dos 10 mil aos 144 mil euros», afirma o sindicato.

Em seu lugar, este afirma ser necessária uma estratégia do Governo que passe por apoios públicos, tanto para o transporte dos materiais que serão retirados, como para a aquisição de novos, além da fixação de umcalendário adequado e compatível com a actividade marisqueira.

«Ao longo dos últimos anos, os mariscadores e viveiristas têm tido um papel fundamental na manutenção da qualidade das águas da Ria Formosa. Se há poluição, tal deve-se a outros, designadamente à falta de investimento nas dragagens e no tratamento de águas, tantas vezes reivindicado», lê-se, visto que estes trabalhadores «são os primeiros interessados na preservação da Ria, pois a sua própria atividade depende da qualidade dessas mesmas águas».

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