A mensagem de Natal de António Costa foi recebida como «positiva» pelo secretário-geral da Federação Nacional de Professores (Fenprof), apesar da cautela perante as verbas dedicadas à Educação no Orçamento do Estado para 2017, em que «o investimento continuará adiado».
Na reacção à declaração do primeiro-ministro, Mário Nogueira alerta para a «crescente dependência das verbas comunitárias» no sector, nomeadamento na educação pré-escolar e no ensino profissional. O dirigente sindical afirma a necessidade de o Estado assumir a sua opção, «nomeadamente no quadro do Orçamento do Estado».
«Os professores portugueses são dos que mais e melhor cumprem a sua missão»
Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof
Já quanto à defesa da Escola pública, a Fenprof considera necessário adoptar um regime de gestão democrático, atribuindo competências que hoje estão nas mãos dos directores a órgãos colegiais. Também a redução do número de alunos por turma, a revisão dos currículos e o apoio social são referidos por Mário Nogueira, que ainda considera necessário o reforço dos meios humanos e o investimento no Ensino Superior.
Mas uma aposta na Educação não pode passar ao lado da valorização dos professores, alerta o secretário-geral da Fenprof, lembrando que «os professores portugueses são dos que mais e melhor cumprem a sua missão», como foi reconhecido pelo recente relatório da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico).
O combate à precariedade, também abordado por António Costa, deve ter resposta da parte do Ministério da Educação, afirma Mário Nogueira, deixando críticas à recente proposta da tutela. A valorização profissional deve passar também por «um regime especial de aposentação que contrarie o curso de envelhecimento da profissão», assim como pelo descongelamento das progressões na carreira.
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