Esta conclusão é da Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE), que, na passada quinta-feira, assinalou o Dia Europeu pela Igualdade Salarial. De acordo com os dados do Gabinete de Estratégia e Planeamento do Ministério do Trabalho e Solidariedade Social (GEP-MTSS), os salários médios das mulheres são inferiores em 16,7% comparando com o dos homens, o que corresponde a menos 61 dias de trabalho remunerado.
De acordo com a CITE, «seria como se a partir de 1 de Novembro as mulheres deixassem de ser remuneradas pelo seu trabalho, enquanto os homens continuavam a receber o seu salário até ao final do ano».
Apesar de a diferença salarial entre homens e mulheres ter diminuído de 17,9% para 16,7%, entre 2013 e 2014, as desigualdades salariais persistem. «Uma das principais razões para esta redução terá sido o aumento do salário mínimo nacional, em Outubro de 2014, uma vez que a proporção de mulheres abrangidas pelo salário mínimo é consideravelmente superior à dos homens», destaca a CITE.
A CITE estima que «o acordo relativo à actualização do salário mínimo nacional, com efeitos desde 1 de Janeiro de 2016, possa ter um impacto positivo do ponto de vista da redução da disparidade salarial de género».
A nível europeu, os dados da Comissão Europeia (CE) indicam que o salário médio por hora das mulheres na Europa é 16,7% mais baixo do que o dos homens, ou seja, «as mulheres trabalham de graça durante 16% do ano». A própria CE adverte que «ao ritmo actual, as disparidades salariais entre homens e mulheres estão a diminuir tão lentamente que até 2086 as mulheres não auferirão o mesmo que os homens».
Com Lusa
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