A greve arrancou com uma adesão, no turno da noite nos Centro de Produção e Logística (CPL) de Lisboa e do Porto, a rondar os 75%, segundo fonte sindical.
Em declarações ao AbrilAbril, no dia 18 de Novembro, Vitor Narciso do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT/CGTP-IN), dizia que os trabalhadores queriam «repor a normalidade» nos CTT no que toca à contratação colectiva e à qualidade do serviço público prestado à população.
«Faltam trabalhadores, o serviço público está comprometido e é preciso uma tomada de posição do Governo para reverter esta situação», registava, lembrando que o contrato de concessão termina em Dezembro e que se exige que este serviço volte ao controlo público.
Os trabalhadores exigem também aumentos salariais uma vez que, ao contrário das afirmações da empresa em relação à falta de liquidez, houve verbas para a distribuição de prémios.
Segundo Vitor Narciso, a proposta sindical desceu, na última reunião de conciliação, para um aumento salarial de 20 euros por trabalhador, retroactivo a 1 de Junho de 2020, em vez de Janeiro.
«Mesmo assim a empresa não aceitou, mas os trabalhadores não se conformam em não ter aumento este ano», insiste, lembrando que, desde a privatização dos CTT, em 2013, os trabalhadores tiveram um crescimento salarial de 5,3% ao longo de oito anos. No mesmo período foram distribuídos dividendos no valor de 360 milhões de euros, acrescentou o sindicalista.
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