O concurso externo, para pessoas inscritas na Bolsa de Emprego Público (BEP), surge no âmbito das 1295 contratações autorizadas a propósito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Mas, em vez de servir para reforçar a Administração Pública de forma perene, mantém a tónica na precariedade, incerteza e desvalorização das carreiras.
A notícia foi avançada esta segunda-feira pelo Jornal de Notícias, que opta por destacar o facto de a esmagadora maioria dos 215 postos de trabalho (78) ficar em Lisboa, isto numa altura em que muito se fala de coesão. Não menos importante é ver o Estado a apostar nos baixos salários e na precariedade, de que o ISS tem sido exemplo, com trabalhadores há mais de uma década em regime de outsourcing.
O concurso que hoje termina dirige-se a candidatos com o 12.º ano, que terão «funções de natureza executiva, de aplicação de métodos e processos, com base em directivas bem definidas e instruções gerais, de grau 2, de média complexidade, nas áreas de actuação comuns e instrumentais e nos vários domínios de actuação dos serviços».
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