Trabalhadores da Administração Local numa luta de interesse nacional

Uma rápida pesquisa no Instituto Nacional de Estatística para analisar a despesa consolidada do Estado indicará que no que toca à despesa pública, o investimento nas carreiras da administração pública tem vindo a reduzir. Uma rápida pesquisa sobre as lutas dos trabalhadores da Administração Pública, ilustra-o. Uma rápida consulta no site do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional (STAL/CGTP-IN), confirma-o.

Neste sentido, os trabalhadores da Administração Local irão realizar um protesto no dia 25 de Junho em Lisboa. A convocatória é lançada pelo STAL que indica que além destes últimos, também os trabalhadores do sector empresarial e de empresas concessionárias, irão juntar-se aos protestos e entregar um abaixo-assinado a exigir a valorização das suas profissões e a justa compensação pelo trabalho que desempenham diariamente.

Segundo o sindicato «muitos destes trabalhadores estão sujeitos a forte pressão, desgaste emocional ou físico, ou a condições de trabalho adversas, que têm um impacto muito negativo na sua saúde. Apesar de prestarem serviços públicos essenciais à população, sentem-se desvalorizados e injustamente compensados».

Esta acção de luta visa reivindicar a implementação do Suplemento de Insalubridade, Penosidade e Risco, mais abrangente e justo, que compense os trabalhadores que exercem funções em condições penosas, insalubres e de risco. A par desta exigência central, é ainda reivindicado atribuição de mais dias de férias; a redução do horário de trabalho; a redução do tempo de serviço para atingir a idade legal da reforma; a regulamentação do Suplemento de Disponibilidade e Piquete; e a identificação e regulamentação das profissões de desgaste rápido.

Esta luta vem no seguimento da concentração do passado dia 17 de Maio junto ao Ministério de Finanças, convocada pela Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, enquadrada na «Jornada Nacional de Luta», que mobilizou milhares de trabalhadores. Desta forma, fica comprovado que há forças para lutar e se o Governo tanto que a chamada «paz social» terá que satisfazer as exigências de quem mete o Estado a funcionar.