|precariedade

Trabalhadores despedidos da EMEF continuam a lutar pela reintegração

Trabalhadores da EMEF, juntamente com as suas estruturas representativas, concentraram-se esta manhã junto à Presidência do Conselho de Ministros, prosseguindo a luta pela reintegração dos dez trabalhadores com vínculos precários recentemente despedidos da oficina de Santa Apolónia.

Concentração de trabalhadores da EMEF, Presidência do Conselho de Ministros. 20 de Julho
Créditos / Interjovem

«Estes trabalhadores fazem falta», sendo que há cada vez mais material imobilizado na oficina de Santa Apolónia (Lisboa), «o que se reflecte na qualidade do serviço», informou o AbrilAbril José Manuel Oliveira, dirigente da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), acrescentando que se não houver uma resposta serão planificadas mais acções reivindicativas.

Estes trabalhadores eram contratados por uma empresa de trabalho temporário, no entanto, «estiveram a ocupar postos de trabalho permanente, integrados em equipas de trabalho da EMEF, a cumprir horários de trabalho determinados por esta empresa, a utilizar as ferramentas e equipamentos fornecidos pela EMEF, utilizando fardamento também desta empresa», explica um comunicado da federação sindical.

Durante o protesto desta manhã, que contou com a presença dos trabalhadores despedidos, de deputados do PCP e do BE, e de representantes das estruturas sindicais, uma delegação da Comissão de Trabalhadores da EMEF entregou ao secretário-geral da Presidência do Conselho de Ministros um documento sobre o despedimento e a situação geral da empresa.

Esteve ainda presente na concentração o secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos, que, dirigindo-se aos trabalhadores, acusou o Governo de não estar a cumprir os compromissos ao permitir que estes trabalhadores fossem afastados em pleno processo de regularização laboral.

«Este é um exemplo concreto: dez trabalhadores da EMEF que tinham vínculo precário, estão a ocupar um posto de trabalho permanente e apresentaram o requerimento para o quadro permanente, mas como resposta tiveram o despedimento», disse Arménio Carlos, acrescentando que «não se justifica que ao longo das últimas duas semanas não tenha havido do Governo uma orientação para a EMEF reintegrar imediatamente estes trabalhadores na empresa, considerando que eles fazem falta para a manutenção dos comboios da CP».

O Ministério do Planeamento e Infraestruturas ainda não deu qualquer resposta sobre a readmissão destes dez trabalhadores, apesar de se ter comprometido perante as estruturas sindicais a fazê-lo até quarta-feira da semana passada.

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui