Em comunicado, a Unione Sindacale di Base (USB) apela à adesão de associações, organizações e partidos políticos, e pede às pessoas que venham para as ruas manifestar-se com o lema «Baixar as armas, subir os salários», no próximo dia 18, nas imediações do aeroporto de Pisa.
Não é a primeira vez que a estrutura sindical se mobiliza contra as instalações militares na cidade toscana, nem é a primeira vez que denuncia a guerra na Ucrânia e o profundo envolvimento de Itália, para prejuízo dos trabalhadores.
Centenas de pessoas participaram, em Ancona, na mobilização organizada pelo comité local «Não à Guerra, Não à NATO», exigindo o fim da «participação» italiana na guerra e o fim da escalada em curso. A mobilização deste sábado na capital da região italiana das Marche é uma de várias que têm tido lugar no país transalpino em defesa da paz, contra a sujeição de Itália aos mandamentos da União Europeia (UE) e pela saída do país da Aliança Atlântica. Segundo refere o portal cronacheancona.it, a manifestação na cidade adriática foi organizada conjuntamente por vários movimentos da sociedade civil e contou com a participação de representantes sindicais, de partidos políticos e diversas associações. Com o lema «Itália fora da guerra, Itália fora da NATO», os manifestantes seguiram até à Praça Cavour, onde deixaram clara a sua discordância com as opções políticas de governos anteriores e do neofascista que acabou de tomar posse. Segundo referiram os representantes das organizações promotoras nas suas intervenções, estes governos são «fiéis executores dos ditames» da Europa do capital e «não defendem os interesses do povo italiano». Em seu entender, o dinheiro que os governos têm gasto e gastam com armamento devia servir para a construção de casas, escolas e hospitais. Além disso, consideram que se assiste a uma «perigosa escalada» na Ucrânia e que tal se deve à «intransigência da NATO, que «se recusa a negociar com a Rússia», e, nesse sentido, insistiram na saída de Itália do bloco militar, bem como no fim do envio de armas para a Ucrânia. [Ver vídeo de Comitato No Guerra No Nato Ancona.] Outro aspecto que foi destacado na mobilização é o facto de o povo italiano e os povos europeus já estarem a sofrer «uma guerra económica», pois as «sanções contra a Rússia são apenas o pretexto para justificar a especulação sobre os preços da energia (que aumentaram para níveis incomportáveis para as famílias e as empresas, que estão fechar aos milhares)», denunciaram. O objectivo desta especulação é levar à «desindustrialização da Europa», para «benefício do sistema de produtivo norte-americano e britânico», afirmaram os promotores, defendendo que o «grave momento histórico […] requer uma grande coragem e o empenho de todos». Na manifestação, em que o conhecido jornalista Manlio Dinucci alertou para o nível de «desinformação» existente, exigiu-se também a libertação de Julian Assange, o fundador do WikiLeaks, bem como o fim da russofobia, «pela paz e a fraternidade entre os povos». Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Internacional|
Em Itália, reclama-se a paz e a saída da NATO
Guerra económica contra os povos europeus
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A mobilização do próximo sábado serve para aquecer os motores para a manifestação nacional convocada para Génova, no dia 25 deste mês, na sequência do apelo lançado pelo Colectivo Autónomo dos Trabalhadores Portuários (CALP) da capital da Ligúria.
Este colectivo, que tem tido um papel activo na denúncia da guerra no Porto de Génova, organizou uma assembleia no final de Janeiro, na qual se desenhou o perfil nacional da mobilização a realizar, com a participação de representantes de cidades como Pádua, Turim, Cagliari, Florença, entre outras, refere o portal contropiano.org.
«É hora de dizer basta»
Num comunicado emitido dia 30 de Janeiro, o CALP diz que os motivos de fundo da guerra se encontram num «sistema de acumulação capitalista em crise profunda» e que «é hora de dizer basta». É hora de dizer «basta» aos «inimigos» de classe em Itália, que são representados pelo governo de Meloni – que dá continuidade ao de Draghi e às forças políticas que o sustentavam.
Organizações, partidos, sindicatos estão a aderir, como é o caso da USB, que denuncia, no seu portal, a «escalada do conflito, também verificável pelo envio de novas ajudas militares», bem como «o progressivo agravamento das condições de vida de camadas cada vez mais amplas da população, como consequência directa do envolvimento político-militar» de Itália no conflito.
A greve geral desta sexta-feira no país transalpino foi convocada por dezena e meia de sindicatos, que denunciam a falta de resposta à «grave situação económica em que se encontram as famílias italianas». A paralisação, que está a ter impacto em sectores como os transportes, o ensino público e a saúde, contou com o apoio de partidos políticos e diversas organizações sociais, e culminará amanhã, às 14h, com uma manifestação nacional em Roma. Num comunicado, a Unione Sindacale di Base (USB), umas das organizações convocantes, destaca a grave situação em que se encontram as famílias italianas, bem como o «forte ataque aos salários dos trabalhadores», que vêem como «o aumento das facturas do gás e da energia, fruto de uma especulação internacional que ninguém quer travar, está a comer uma grande parte do rendimento disponível das famílias». O sindicato denuncia que as políticas económicas postas em prática pelo governo de Draghi estão a encontrar continuidade no de Meloni, e critica fortemente a proposta de redução fiscal – muito desejada pelo patronato e que não traz benefícios para os trabalhadores. Centenas de pessoas participaram, em Ancona, na mobilização organizada pelo comité local «Não à Guerra, Não à NATO», exigindo o fim da «participação» italiana na guerra e o fim da escalada em curso. A mobilização deste sábado na capital da região italiana das Marche é uma de várias que têm tido lugar no país transalpino em defesa da paz, contra a sujeição de Itália aos mandamentos da União Europeia (UE) e pela saída do país da Aliança Atlântica. Segundo refere o portal cronacheancona.it, a manifestação na cidade adriática foi organizada conjuntamente por vários movimentos da sociedade civil e contou com a participação de representantes sindicais, de partidos políticos e diversas associações. Com o lema «Itália fora da guerra, Itália fora da NATO», os manifestantes seguiram até à Praça Cavour, onde deixaram clara a sua discordância com as opções políticas de governos anteriores e do neofascista que acabou de tomar posse. Segundo referiram os representantes das organizações promotoras nas suas intervenções, estes governos são «fiéis executores dos ditames» da Europa do capital e «não defendem os interesses do povo italiano». Em seu entender, o dinheiro que os governos têm gasto e gastam com armamento devia servir para a construção de casas, escolas e hospitais. Além disso, consideram que se assiste a uma «perigosa escalada» na Ucrânia e que tal se deve à «intransigência da NATO, que «se recusa a negociar com a Rússia», e, nesse sentido, insistiram na saída de Itália do bloco militar, bem como no fim do envio de armas para a Ucrânia. [Ver vídeo de Comitato No Guerra No Nato Ancona.] Outro aspecto que foi destacado na mobilização é o facto de o povo italiano e os povos europeus já estarem a sofrer «uma guerra económica», pois as «sanções contra a Rússia são apenas o pretexto para justificar a especulação sobre os preços da energia (que aumentaram para níveis incomportáveis para as famílias e as empresas, que estão fechar aos milhares)», denunciaram. O objectivo desta especulação é levar à «desindustrialização da Europa», para «benefício do sistema de produtivo norte-americano e britânico», afirmaram os promotores, defendendo que o «grave momento histórico […] requer uma grande coragem e o empenho de todos». Na manifestação, em que o conhecido jornalista Manlio Dinucci alertou para o nível de «desinformação» existente, exigiu-se também a libertação de Julian Assange, o fundador do WikiLeaks, bem como o fim da russofobia, «pela paz e a fraternidade entre os povos». Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. Em declarações ao canal Sky TG24, um representante sindical disse esta sexta-feira que a greve geral tem lugar, entre outros aspectos, para exigir a renovação dos contratos e a valorização dos salários, que devem ser aumentados de forma a fazer frente ao custo de vida «com recuperação da inflação real». Outras exigências passam pela aprovação de legislação sobre o salário mínimo e por medidas governamentais eficazes para controlar o aumento dos preços da energia e dos bens de primeira necessidade. Outro aspecto destacado pelos convocantes é o fim das despesas militares, do envio de armas para a Ucrânia e da «adesão à cruzada euro-atlântica de sanções contra a Rússia». Criticando as receitas económicas liberais ditadas pela União Europeia e que foram aplicadas pelos sucessivos governos italianos, reclamam maior investimento na educação, na saúde pública, nos transportes, bem como rendimentos para os desempregados e subempregados. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Internacional|
Greve geral em Itália por melhores salários e contra as despesas da guerra
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Em Itália, reclama-se a paz e a saída da NATO
Guerra económica contra os povos europeus
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Neste sentido, volta a exigir – primeiro em Pisa e depois em Génova – que se «baixem as armas e subam os salários», tal como o fez na greve geral de 2 de Dezembro de 2022 e na manifestação nacional, em Roma, no dia seguinte.
A Confederação Toscana da USB, que classifica a manifestação nacional de dia 25 de Fevereiro como «importantíssima», explica que, no próximo sábado, em Pisa, os manifestantes se vão dirigir até ao Aeroporto Galileu Galilei, desfilando em seguida para o aeroporto militar, «do qual partem voos carregados de armas para a guerra».
Em seu entender, não há vontade no governo ou no Parlamento para acabar com a «espiral bélica» e, por isso, têm de ser os trabalhadores, quem sofre as consequências materiais da guerra e quem se bate sempre contra os horrores bélicos a vir para as ruas – para exigir o fim da guerra e o fim dos envios de armas que a alimentam.
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